Para ti,
que me fazes tantas vezes sorrir
e tantas vezes chorar,
que me fazes sentir,
querer,
desejar...
Para ti, meu amor,
meu querido amor,
este pobre poema
que voa
por estepes de um mundo
triste, infinito
que se funde num Chopin
para calar um grito
um grito profundo
que ecoa célere e rebelde
mas...em silêncio se esconde...
Para ti, Amor
estas palavras que são Eu
que fervem,
escorrem até ti
num infinito desejo
de ter-te um dia
e juntos vivermos o nosso segredo
com alegria
serenamente...
sem medo.
Para ti, meu amor
estas palavras, em tom de poema
numa quietude assustadora
que queriam ser carta, uma carta de amor...
que,
sem pudor a escrevo
e, na imensidade do meu sentir
feliz, por te ter
por escrever para ti
termino-a ... a sorrir.
Foto: Graça Loureiro
Foto: Alina Maria Sousa
Caminhávamos de mão dada pelas ruas de Donostia.
As ruas molhadas e frias de Donostia.
A nossa cidade.
Tantas vezes a visitamos.
Tantas vezes a trouxeste até mim...
O carrossel onde eu andava de olhos fechados...e tu, olhavas-me
E eu... adivinhava o teu sorriso.
O sorriso. O teu, enquanto me vias, e o meu, porque sabia que me olhavas.
Sabia-te lá.
...E a Playa De La Concha por onde tantas vezes caminhamos descalços pela areia ao som do mar onde eu ouvi atenta o teu desejo.
De cabelos húmidos observávamos, alheios a tudo, esquecidos de todos , nas pedras, em manhãs de nevoeiro na Ondarreta a olhar o "Peine del viento" onde o horizonte, as ondas e o mar fundem-se como o sagrado ...
Chillida, o sempre presente Chillida.
E Donostia, a eterna Donostia onde tantas vezes estivemos ...e...onde nunca nos cruzamos.
Viajo para lá agora, com o mesmo desejo que era teu e que agora é meu!
Este amor
Tão violento
Tão frágil
Tão terno
Tão desesperado
Este amor
Belo como o dia
E mau como o tempo
Quando há mau tempo
Este amor tão sincero
Este amor tão calmo e sereno
Tão feliz
Tão jovial
E tão pobre
Trémulo como uma fagulha na escuridão
E tão seguro de si mesmo
Como um homem tranquilo no mais fundo da noite
Este amor que assusta os demais
Que os faz falar
Que os faz empalidecer
Este amor vigiado
Porque nós o vigiamos
Acossado , ferido, pisoteado, destroçado, negado, esquecido
Porque nós o acossamos, ferimos, pisoteamos, destroçamos, negamos e esquecemos
Este amor íntegro
Tão vivo até agora
E pleno de sol
É o teu
É o meu
Esse que foi
Este algo sempre novo
E que não mudou
Tão verdadeiro como uma planta
Tão trémulo como um pássaro
Tão cálido tão vivo como o Verão
Ambos podemos juntos
Nos distanciar e retornar
Esquecê-lo
E depois dormirmos
Despertarmos ...padecer ....envelhecer
Dormirmos de novo
Sonhar com a morte
Despertarmos
sorrir e rir
E rejuvenescer
Nosso amor segue ali
Obstinado como uma mula
Vivente como o desejo
Cruel como a memória
Absurdo como o arrependimento
Terno como as recordações
Frio como o mármore
Belo como o dia
Frágil como um menino
O nosso amor olha-nos sorrindo
E fala-nos sem dizer nada
E eu escuto-o trémulo
E grito
Grito por ti
Grito por mim
E suplico-te
Por ti ,por mim , por todos os que se amam
E os que se amaram
Sim, grito-lhe
Por ti por mim e por todos
Os que não conheço
Fica
Não te mexas
Não vás
Nós os que somos amados
Esquecemos-te
Mas não nos esqueça tu
Só tínhamos a ti no mundo
Não permitas que nos tornemos indiferentes
Cada vez mais longe
E desde onde sejas
Dai-nos sinais de vida
Muito mais tarde desde o recanto de um bosque
Na selva da memória
Surge de repente
Estenda-nos a mão
E salva-nos
Jacques Prévert - Tradução
Pixies -" Hey"
Foto: Sónia Fernandes
Felicitaciones...Caracola!!!!
Un beso de luna para ti.
Una mirada tranquila.
Un abrazo apretado.
y...un deseo profundo de volver a verte muy pronto.
S.R.C.
Foto: Tiago Manuel C. de Oliveira
Deslizo sobre ti
beijo o teu corpo moreno
sorvo, devagarinho,
com paixão
... sem carinho
vivo o momento
e
...sem saudade
esqueço o tempo...
os corpos unem-se
serenos,
plenos de liberdade
viajamos
por entre bocas que querem,
e, acreditamos
felizes na paixão
do momento
real que há.
Quando partires,
alucinação..será!
U2 Mysterious Ways
. Continua
. Quantas?
. www.pobrezazero.org